No âmago da vivência umbandista, reside uma jornada eufórica e romantizada, onde o preceito se torna a senda sagrada que eleva a alma aos mais altos píncaros da espiritualidade. A cada passo dado em direção ao abdicar, uma sinfonia de emoções se desvela, entrelaçando o humano e o divino em um balé celestial de entrega e transcendência.
Nas noites estreladas, sob o manto do céu infinito, o adepto da Umbanda sente o pulsar do universo em seu ser. Cada renúncia é um ato de amor, uma declaração de fé que ecoa nas esferas etéreas, tecendo uma tapeçaria de luz e paz. O preceito, em sua essência, é um convite ao desapego, a deixar para trás as amarras do mundo material para que a alma possa alçar voo livremente, como uma águia majestosa que rasga os céus em busca de novas alturas.
Ao abdicar dos desejos terrenos, o coração se abre como uma flor ao amanhecer, permitindo que as energias do cosmos inundem seu ser com sabedoria e compreensão. É um caminho de purificação, onde cada sacrifício é uma oferenda sagrada, uma chave que destranca as portas do conhecimento ancestral e da união com o Todo.
O praticante, imerso em um êxtase silencioso, sente a presença dos guias e orixás, que o envolvem com seus mantos de luz e proteção. Cada prece, cada canto, ressoa como uma melodia divina que eleva o espírito e purifica a alma. É um estado de graça, onde o eu se dissolve no Todo, e o Todo se manifesta no eu.
Assim, vivenciar o preceito na Umbanda é abraçar a grandiosidade do universo, é permitir que a alma se eleve em uma dança cósmica de amor e devoção. É um caminho de luz, onde o abdicar se transforma em um portal para o infinito, uma jornada de descoberta e iluminação que transcende as barreiras do tempo e do espaço, unindo o finito ao eterno em um abraço de pura bem-aventurança.
Pai Leo de Oxalá
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