Ando cansado.
Cansado de estender a mão, de acreditar,
de ver o egoísmo do mundo ferindo a própria alma,
cansado de carregar esperanças nos ombros
quando tantos insistem em deixá-las cair.
Mas há uma chama que persiste.
Mesmo entre lágrimas que mal encontram tempo para cair,
há uma centelha que me lembra que não estou só.
Minha espiritualidade, essa força invisível e cálida,
me abraça e sussurra que tudo tem um propósito.
Sim, estou cercado de pessoas e sigo só,
mas é essa jornada, com seus altos e baixos,
que molda o meu caminho.
Não se trata apenas de mim, mas do outro,
do seu desafio em aprender a carregar a própria luz.
E assim, sigo.
Não como quem carrega um peso sem fim,
mas como alguém que vê, além da dor,
uma esperança que resiste, uma fé que não desiste,
um amor que me guia, mesmo quando tudo parece escuro.
Em cada passo, a esperança é o que fica.
É o que me lembra que, em meio ao cansaço,
há algo mais, algo eterno,
que me faz prosseguir.
Pai Léo de Oxalá
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