A caminhada, os passos, histórias, pessoas, desafios e as mãos que se envolvem em torno de um bem único “A Espiritualidade”.
É desta maneira que encontro meu olhar quando observo esses três longos anos de história. Vejo as pessoas que nela passaram, as que estão e ainda aquelas que estão por vir; o quanto as ensinei e o quanto aprendi, pois foram nos olhares trocados que nos foi ensinado a viver e a semear as esperanças em terras desconhecidas. Esta é a missão de ser um sacerdote amigo, dirigente, professor e até mesmo um Pai de terreiro que constrói e estimula sonhos.
Ao longo desta caminhada fiz uma mala onde por diversas vezes troquei sonhos por esperanças, traumas por alegrias, lágrimas por sorrisos e tantas outras atitudes que só Olorum consegue ajudar, pois a caminhada é longa e às vezes a noite vem e o cansaço nos ensina a hora de parar, para que possamos recomeçar e iniciar uma nova jornada, para muitos a mesma, mas para quem vive, nunca se é igual.
Foi no período de três anos que vi e estimulei muitas sementes germinar, aprendi a esperar o tempo do florescer e engajar, em meu silêncio profundo, a certeza que dias melhores sempre estão por vir. Ensinei as pessoas que não amavam que o amor existe, ensinei a quem tinha sede que o pedir também faz parte do processo, mostrei que o caminho é só, mas que com outros podemos nos transbordar, vi e revi minhas melhores versões e as piores também, pois o sagrado ensinou que ser parte e nos permitir viver nossa particular de ser único.
O terreiro de umbanda fez sua história pelas experiências vivenciadas dentro dele, pelos sonhos que a partir do seu chão foi se descobrindo e permitindo realizar, foi no encontro com seu “eu” que fizemos a colheita do que foi semeado em um passado.
Falar de três anos de caminhada, não caberia em uma página escrita, mas é relembrar dos olhos dos filhos desta corrente, que se alegraram em se fazer presença e aceitaram o desafio de ajudar curar a partir da Fé, do amor e a caridade.
“Penso no dia que logo vai nascer, E o meu peito se enche de emoção, A esperança invade o meu ser, Eu sou feliz e gosto de viver”.
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