Há uma força divina no ato de deixar ir. Permitir que aquilo que amamos tome o caminho que precisa seguir é um gesto de coragem, generosidade e, sobretudo, amor. Mesmo quando o coração parece resistir, sabemos que o amor verdadeiro não prende, mas liberta.
Deixar ir não significa desistir, mas reconhecer que cada ser, cada momento, tem sua própria jornada. É um ato de fé na vida e naquilo que nos conecta. E mesmo quando o amor que sentimos é incomunal, quando os sonhos ainda brilham nos olhos, confiar no destino e na possibilidade do reencontro é a nossa forma de dizer: "Eu acredito em você, no seu caminho e na nossa conexão que transcende o tempo e o espaço.
As portas do coração, essas, permanecem sempre abertas. Porque o amor verdadeiro não se fecha, não apaga, não termina. Ele se transforma, se expande e encontra formas de florescer, mesmo nas distâncias, mesmo nas ausências.
Sonhar com o reencontro não é ilusão; é manter acesa a chama da esperança. É saber que, ao permitir que a vida siga seu curso, criamos espaço para novos começos, para novos encontros, e para um retorno que, se acontecer, será ainda mais pleno e verdadeiro.
Deixar ir é um ato de amor sublime. É reconhecer que, ao abrir mão, não estamos perdendo, mas permitindo que o fluxo da vida nos surpreenda com novas formas de amar, de ser e de reencontrar. Sempre com o coração aberto, sempre com as portas prontas para acolher.
Pai Léo de Oxalá
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