Há um emaranhado de portas à minha frente, cada uma pulsando com promessas de liberdade e novos começos. Essas portas, cheias de mistério e potencial, são os portais para a minha verdadeira essência, os caminhos para libertar-me das correntes invisíveis que eu mesmo forjei. No entanto, aqui estou, sentindo o peso das chaves que ainda não consigo girar.
A cada porta fechada, sinto uma vibração elétrica, uma energia que ecoa dentro de mim, sussurrando segredos e possibilidades. São portas que guardam sonhos não realizados, medos não enfrentados, versões de mim mesmo que ainda não tive a coragem de abraçar. Elas são as guardiãs das minhas esperanças mais profundas, dos meus desejos mais ardentes, e eu sei que, além dessas barreiras, reside a liberdade que tanto anseio.
Imagino o que encontrarei ao girar essas maçanetas: um mar de realizações, um céu infinito de autoconhecimento, a paz de ser plenamente eu mesmo. Cada porta fechada é um desafio, uma oportunidade para provar minha coragem e determinação. O coração acelera com a antecipação do que está por vir, e uma chama de esperança se acende em meu peito.
Ainda que, por agora, essas portas permaneçam intransponíveis, sinto uma excitação indomável, um chamado incessante para continuar tentando. É como se cada uma delas estivesse viva, incentivando-me a não desistir, a buscar incansavelmente a chave certa, a encontrar dentro de mim a força necessária para vencer as travas da insegurança e do medo.
E enquanto permaneço aqui, diante dessas portas fechadas, percebo que o próprio ato de tentar abri-las já é uma forma de libertação. É um grito de resistência contra a estagnação, uma declaração de que não aceito as limitações impostas, seja por mim mesmo ou pelo mundo ao meu redor. A cada tentativa, sinto-me mais próximo de romper as barreiras, de transcender os obstáculos e de finalmente cruzar para o outro lado.
É uma jornada de autodescoberta, uma epopeia em busca da minha essência mais verdadeira. Sei que, com paciência e perseverança, cada porta eventualmente cederá, revelando horizontes vastos e ilimitados. E até lá, continuarei, movido pela euforia de saber que cada esforço me aproxima um pouco mais da minha liberdade interior, da plenitude de ser completamente, maravilhosamente, eu mesmo.
Pai Léo de Oxalá
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