Das entranhas da noite escura, onde as dores e os traumas se enredam como serpentes, emerge uma nova aurora. Nascer é um ato de coragem, um grito primal que rompe o silêncio da incerteza. Cada cicatriz conta uma história, cada lágrima, uma epifania. No cadinho das minhas angústias, sou forjado, transformando medo em força, trauma em sabedoria.
Superar é uma dança delicada, um balé de sombras e luz, onde cada passo é um testemunho de resiliência. Meus receios, outrora gigantes, agora se desfazem em névoa diante da determinação que pulsa em meu peito. Romantizar a jornada não é negar a dor, mas reconhecer a beleza que reside na persistência, na capacidade de erguer-se, uma e outra vez, das cinzas da adversidade.
A vida, em sua sinfonia infinita, embala minhas inquietações, transformando-as em melodias suaves. Cada momento de superação é um verso, cada vitória, um refrão. Poetizar é dar voz ao inefável, é encontrar nas nuances da experiência a essência que ressoa com a verdade da minha existência.
E assim, no embalar da vida, encontro o ritmo que me guia. A cada desafio vencido, ressoam acordes de triunfo, ecoando a harmonia que se desvela em meio ao caos. Sou o poeta da minha própria jornada, o artífice da minha redenção. Nascer das dores é um milagre cotidiano, superar os medos, uma arte divina.
Na tessitura do meu ser, bordado com fios de dor e esperança, emerge uma tapeçaria única. Sou a prova viva de que é possível transcender, de que a beleza pode surgir das profundezas da aflição. E assim, com o coração pleno de euforia e os olhos voltados para o horizonte, sigo, poetizando a vida, ressoando com a sinfonia eterna do renascer.
Pai Léo de Oxalá
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